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Mãe de duas estrelinhas

Mãe de duas estrelinhas

29.Ago.18

A importância do apoio

Em alguns textos que escrevi, referi que tenho tido ajuda ao longo deste último ano . Quando falo em ajuda , falo especificamente em ajuda de uma psicóloga. Mas já lá vou.

Antes de ter sentido necessidade de procurar esta ajuda, tivemos muito apoio ao longo de todo o processo . Desde o dia em que fiquei internada que os meus pais e os meus sogros se mobilizaram para nos ajudar. A minha mãe largou tudo e fez o que ela tão bem sabe fazer . Estar e Ser. Sem dúvida que o apoio dela se tornou fundamental para mim. A forma positiva como vê a vida, como nos conseguiu transmitir isso para que nos aguentássemos ao longo de todo o processo, foi, para mim, decisiva na maneira como olho agora para tudo o que se passou. É uma mãe e mulher com M grande . Os meus sogros deixaram o seu cantinho e mudaram-se para cá e foram igualmente um grande apoio. E quando falo em apoio dos nossos pais refiro-me a tudo . Desde as visitas no hospital, a orientarem as coisas cá em casa, fazerem companhia ao Bruno, e posteriormente a assegurarem tudo quando o nosso dia era passado na neonatologia. Chegar a casa e ter as coisas feitas, ter o almoço ou jantar pronto, acreditem que é das maiores ajudas que se pode ter quando se passa por estas vivências.

Quanto ao apoio no hospital, penso que poderia haver mais preocupação com os pais que estão a viver estes momentos. Como em todo o lado , há profissionais mais e menos sensíveis às situações. Felizmente na neonatologia cruzámo-nos com profissionais incríveis, com uma sensibilidade fora de série, e que nos momentos difíceis, de dor , também quebraram. E choraram connosco. E no coração deles também cabem os nossos filhos enquanto estão nas suas mãos. Infelizmente também vivi duas ou três situações menos felizes com profissionais de saúde. Mas essas, tal como as palavras, leva-as o vento. 

Depois da partida da MR, tirámos uns dias para sair de Lisboa e afastarmo-nos da nossa realidade. Para quem não sabe, a realidade que vivemos, permite gozar a licença na mesma. Mas há alguma dificuldade por parte da SS em dar resposta a estas situações. Mais uma vez tivemos a sorte de apanhar uma excelente profissional que nos resolveu a situação rapidamente e ficou tudo tratado. Como o Bruno tinha esses dias, rumámos a norte e passámos uns dias com a família e amigos e, tirámos também uns dias para nós. Acho que estes dias tiveram muito peso na forma como voltámos posteriormente à rotina. Quando nos rodeamos das pessoas certas, o caminho que se segue é mais fácil de encarar. E no fundo também sou uma sortuda, porque a pessoa que tenho ao meu lado , que escolhi para a vida toda, foi o maior apoio que poderia ter. Conversámos muito , chorámos muito, partilhámos memórias, sentimentos . E muito importante, pelo menos no meu ponto de vista e na minha experiência, agarrámo-nos e dedicámo-no muito um ao outro , namorámos muito e tomamos a decisão de seguir em frente e sermos felizes.

Quando referi que deveria haver mais preocupação no hospital com pais que passam o que estamos a passar, referia-me a apoio psicológico. Acho que era importante durante os internamentos haver um psicólogo que nos visitasse e falasse connosco. Assim como uns meses depois. Haver preocupação em acompanhar de alguma forma esses pais. Mas sei que isso já é pedir demasiado e entramos em na discussão das falhas no SNS.

Ao fim de alguns meses senti necessidade de procurar ajuda de um psicólogo e fui ao HSFX para me informar se estaria disponível esse apoio. A resposta foi positiva e cheguei a ir a duas consultas. Mas não resultou . A abordagem não era a mais adequada ao que eu sentia que precisava no momento, consultas de meia hora a despachar, demasiado focado no futuro, a desvalorizar demasiado o que eu tinha vivido. Mas em Outubro senti novamente necessidade de conversar com alguém. Senti que precisava da ajuda de um profissional. E de uma forma imprevista cheguei à psicóloga que me acompanha até hoje. Marquei consulta, aceitei a terapia e fui ficando . Uma abordagem completamente diferente da primeira, com muitas conversas do passado, gravidez, parto e pós parto, com muitos temas debatidos. Mas acima de tudo , uma grande ajuda no percurso que fiz atá agora. E por isso cada vez menos sinto necessidade de ir às consultas. Acho que faz parte do processo .  

A partilha deste texto é apenas para quem me lê perceber que tudo isto é um processo. Não estou nele sozinha , aliás acho que era impossível. Tenho a certeza que o suporte que temos à nossa volta foi e é fundamental para conseguirmos seguir em frente. Mas este apoio por parte de um profissional pode por vezes ser a chave ou a ajuda mais decisiva para se conseguir desbloquear algumas coisas na nossa cabeça. E que no fim , acalma o coração. 

Se precisarem de ajuda, não tenham vergonha, não tenham receio. Reconhecer que se precisa de ajuda, pode resolver uma parte do "problema". O resto logo virá. Com o tempo. Tal como tudo o resto. E nunca se cansem de procurar o equílibrio . De um lado o coração, do outro lado a razão. Não é fácil manter a balança equilibrada. Mas pode ser a solução.  

Isto não é a regra, nem eu pretendo que passe essa mensagem. É apenas a minha experiência e a minha vivência. E comigo resultou . Felizmente. 

 

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Sara 

 

 

22.Ago.18

As viagens da nossa vida #1 : Nova Iorque

Olá !

Como prometido, aqui estão o dia 2 e 3 de Nova Iorque. 

 

Dia #2 : Rockfeller Center / Top of the Rock / Grand Central Terminal / 5th Avenue / NBA Store / Library / Flatiron Building

 

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Dia #3 : Brooklyn Bridge / Brooklyn / Central Park / Upper East Side / Apple Store / 5th , 6th , 7th Avenue / Time Square 

 

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A viagem a Nova Iorque foi sem dúvida inesquecível. É uma cidade intensa, cheia de vida por todo o lado . Uma cidade que nos cativa . Apenas tivemos três dias para visitar e obviamente que no fim "sabe a pouco". Ficou muito por ver . Mas essencialmente ficou muito por viver. Gostaria de ter oportunidade de voltar , para ter oportunidade de viver a cidade, tudo o que ela nos proporciona. Quem sabe um dia isso seja possível. 

 

De Nova Iorque seguimos para o México, Riviera Maya. Mas isso fica para outro post "As viagens da nossa vida".

 

Mais uma vez deixo "Nova Iorque através dos nossos olhos". 

 

Sara 

 

21.Ago.18

Obrigada!

Depois de tantas visitas, tantos comentários, e tanto carinho , só me resta uma palavra... 

 

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Espero que me continuem a visitar. Que me continuem a ler. Eu assumo o compromisso de manter o blog mais ativo , com mais posts. Com uma partilha igualmente pessoal. Um pouco do que vai acontecendo na nossa vida. 

Conto convosco para me acompanharem nesta viagem . 

A viagem da vida . 

 

Sara 

16.Ago.18

Uma carta direta para o céu

"Minhas estrelinhas

 

Na semana passada fomos visitar-vos. Estivemos de férias na cidade do papá. Cidade que escolhemos para vocês ficarem . Juntinho do tio . Sabíamos que iam ficar bem entregues e foi a nossa decisão . Saí de casa com o coração tranquilo. E à medida que ia chegando perto da vossa casinha foi ficando cada vez mais pequenino. Até que chegámos pertinho de vocês e o aperto intensifica-se. Faço festinhas na vossa casinha. Na esperança que as sintam. E ali nos sentamos nós. Olho para os vossos nomes vezes sem conta. E revivo tudo novamente. Muitos dos poucos momentos que passámos "juntas". Por vezes até fico com a sensação que ouço os "pis" que ouvimos vezes sem conta na neonatologia. Refugio-me no ombro do papá e ali ficamos nós em silêncio. Até que um de nós o quebre. Relembramos juntos. E imaginamos como seria se vocês estivessem cá connosco. Fazemos isso muitas vezes. O papá questiona muitas vezes como seriam as vossas carinhas. Acho que ele gostava que fossem giras como ele. Quando vivemos algum momento mais marcante nas nossas vidas, imaginamos sempre como seria vivido se vocês ali estivessem. É inevitável. Vocês farão parte da nossa vida para sempre. Mas além de relembrarmos, também é ali juntos de vocês os 3 que fazemos planos. Nós queremos dar-vos mais irmãos. E faremos o que pudermos para o conseguirmos. O papá quer mais , sem dúvida, mas acrescenta sempre que o que queria era ter-vos às duas. E as minhas lágrimas caem. "As meninas do papá"  como ele tão carinhosamente se referia a vocês. Talvez o destino nos reserve mais uma menina do papá, ou duas.  Estamos num ano de decisões, de mudança, e partilhámos isso convosco. Espero que o destino seja mais generoso. De uma coisa tenho a certeza. Que nos vão dar a força necessária para enfrentar o que nos estará reservado. Tal como sinto quando lá estou convosco. São as nossas estrelinhas da sorte. Vieram por um motivo. Um dia iremos compreendê-lo. Até lá, aceitamos a vossa partida. E agarramos com força o que nos deixaram . A saudade. 

 

Com amor e saudade

A mamã Sara "

 

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07.Ago.18

Isto é que vai ser um 31 !

Chegaram os 31 . No dia 2 soprei as velas, chegou mais um ano . Mais um ano para juntar aos 30. Os 30 que foram em grande . Que os 31 sejam ainda maiores . Não em tamanho. Em sonhos , em momentos felizes. Em amor e amizade. Família e amigos. Em projetos. Pessoais e profissionais. 

 

No dia 2 soprei as velas . Pedi desejos . Estive rodeada de quem me deseja o melhor . Recebi muitas mensagens e telefonemas de quem me deseja igualmente o melhor . Do mundo e arredores. Com mais um bolo da mãe. A artista. 

 

 

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No fundo só posso mesmo agradecer por sentir tanto carinho e tanto amor. Mesmo quando sentimos que a vida é injusta connosco, e comigo já foi muito injusta. Muito dura. Mas também já me deu e me dá todos os dias motivos para sorrir . E é a esses motivos que me agarro. Ninguém disse que a vida é fácil. Mas também a podemos tornar menos difícil. E é desta forma que tento pensar todos os dias. Todos caímos . Em momentos ou por motivos diferentes. Mas todos nos conseguimos levantar. Também de formas diferentes. Com mais ou menos ajuda. Não interessa. Desde que o façamos . Que acreditemos que a vida também pode ser boa para nós. Apenas não podemos desistir. Foi isso que a vida me ensinou nestes últimos dois anos. 2 anos cheios de tudo. Bom e mau. Caí mas também me levantei. E segui caminho . 

E no dia 2 soprei as velas . Objetivo ? Daqui a um ano poder dizer "Isto é que foi um 31!"

 

Sara